Saltar para o conteúdo

“Vestígios” e Feira das Colheitas na RTP 1

No próximo sábado, dia 27 de Setembro, vou estar durante a tarde, na RTP 1 com o Hélder Reis, a falar sobre o projecto “Vestígios” e sobre Arouca, na rubrica que surgirá durante o programa na Feira das Colheitas! 🙂

Notícias…

Jovem recolhe donativos para criar arquivo com fotografias de Arouca em risco

05-08-2014 13:54 | País
Fonte: Agência Lusa

Arouca, 05 ago (Lusa) – Uma aluna da Escola Superior de Música, Artes e Espetáculos do Instituto Politécnico do Porto está a promover uma campanha de angariação de fundos para criação de um arquivo de imagens em risco de desaparecimento sobre o passado de Arouca.

Adriana Melo é aluna do Mestrado em Fotografia e Cinema Documental, tem familiares com origens em Arouca e revelou à Lusa que foi através deles que descobriu uma série de imagens antigas que, em risco de desaparecerem, retratam uma realidade diferente da que se associa ao passado das grandes cidades.

“A maioria das pessoas tem alguma noção de como era Lisboa e Porto há décadas, porque essas imagens circulam mais, mas não há o mesmo conhecimento sobre zonas rurais como Arouca, onde se tiravam menos fotografias e agora há o risco de essas se perderem para sempre, por falta de preservação”, declarou a autora do projeto.

As imagens que Adriana Melo vem recolhendo “estavam guardadas em caixas ou gavetas, coladas umas às outras, sem nenhum cuidado especial”, e corriam por isso o risco de ficarem “estragadas para sempre”.

“As pessoas esquecem-se que as fotografias não duram para sempre e que precisam ser preservadas de forma a sobreviverem”, observa a jovem fotógrafa. “Como não há muitas iniciativas destinadas a preservar imagens, decidi fazer alguma coisa com elas, para as valorizar e manter vivas as suas memórias”, afirma.

Agricultura, festas populares e volfrâmio são os temas mais recorrentes no arquivo de Adriana Melo, cuja designação provisória é “Memórias de Arouca”. Envolve cerca de 250 fotografias que são propriedade de diferentes famílias, residentes ou não no concelho, e que, na sua maioria, foram captadas por amadores.

Nessa seleção predominam imagens recolhidas entre a década de 40 e 70 do século XX, no que se incluem fotos do trabalho nos campos, de casamentos no Mosteiro e de piqueniques dos anos 30 e 40 na Senhora da Lage, na serra da Freita.

A campanha de angariação de fundos – sobre a qual se pode ler mais no site Indiegogo, pesquisando por “Audiovisual project in Arouca” – pretende assim reunir 2.000 euros para divulgação dessas imagens.

Todos os documentos estão já a ser digitalizados por Adriana Melo, que, em alguns casos, procedeu à recriação dos respetivos cenários, fotografando as suas reencenações no mesmo local das imagens originais.

Considerando que já está prevista para outubro uma exposição sobre o tema no Edifício Axa, no Porto, a verba a angariar também será aplicada nos materiais necessários para a mostra: impressões de grande porte para exibição em salas escuras; acrílicos, luzes e caixilharias; e um catálogo com mais de 100 páginas em formato livro.

Os donativos podem concretizar-se em diferentes formatos, a começar por 1 euro, que dá direito a um convite para a exposição no Porto. O contributo de 5 euros tem a retribuição adicional de uma das fotos do arquivo impressa em formato postal e sucedem-se outras contrapartidas até ao valor máximo de 750 euros.

Por esse montante, o respetivo mecenas é compensado não só com o convite para a exposição e com cinco postais, mas também com acesso online ao projeto, um CD com a sua banda sonora, um DVD documental sobre o processo, uma edição autografada do livro da mostra, um workshop ou sessão fotográfica à escolha e referência expressa na lista de créditos final do projeto como seu produtor executivo.

AYC // MSP

Lusa/Fim

 

http://portocanal.sapo.pt/noticia/33919/

Som ambiente em Agras, Mansores – Arouca

Editando as re-criações

 

 

 

Imagem

Esquema das caixas de luz

Provas de contacto: Rio de Frades

 

 

 

Imagens fotografadas com Hasselblad 503 (não editadas)

Sobre o som de “La Jetée” de Chris Marker

The Aural Zone

ECHO CHAMBER: LISTENING TO LA JETÉE BY CRITERIONCOLLECTION

I’ve always been fascinated with the soundtrack of La Jetée, and indeed the enigmatic, complex soundtracks Chris Marker crafted throughout his long career. Here’s a short video essay to be found in YouTube’s ‘criterioncollection’ channel that delves into this aspect with insightful detail. The film was written & narrated by Michael Koresky, produced & edited by Casey Moore and audio mixed by Ryan Hullings. As Hillary Weston points out on theBlackbook blog, the music alone is a ‘hall of mirrors.’

Marker’s subliminal audio beds have been one of the least foregrounded elements in the endless reviews and critiques his work has received. The juxtaposition of large musical themes with enigmatic background audio is part of his signature. Consciously, the viewer is drawn to focus on the base relationship between the image stream and spoken text/commentary (already requiring a mental engagement rare in cinema). Secondarily, there is often a emotional wash of the main musical themes. Underneath or at times as counterpoint, we are drawn into an underground audio river by subtle synthesizer sequences, foley sounds, ambient sounds, dreamlike audio collages – unfamiliar audio languages registered perhaps only at a deeper level of the human sensorium.

Thinking along these lines recalls the passage of the image in Marker’s work from the documentary image tout court to the distortions of the Zone, as evoked in Sans Soleil. Long before the image veered into the irreality or surreality of the Zone, Marker had woven layers of his soundtracks into a kind of Aural Zone. La Jetée is a prime example, but also already in Les Statues meurent aussi (1953) and Si j’avais quatre dromedaires (1966) there are enigmatic aspects to the soundtracks. There are hints of time going backwards, or sideways, or looping. There are the musical stairs, dream audio of train sleepers in Sans Soleil. There are whisperings in German in La Jetée by the future captors, almost impossible to decipher. In Tarkovsky’s Stalker, the source of the Zone, there is an extraordinary audio move in the ‘railroad’ sequence from realistic to otherwordly ambient. Take a close listen to this…

In Catherine Lupton’s book Chris Marker: Memories of the Future, there is a whole chapter called “Into the Zone”. She traces its inception to Quand le siècle a pris formes (1978). She defines the Zone as “a machine with the power to create a realm outside space and time, designed for the contemplation of images in the form of memories.” We might say that zonal audio is the hypnotizing agent that provides access keys to this machine and its nonlinear domain.

Jean-Louis Schefer writes: “It’s that the subject (I don’t know whether to call him the hero or the narrator), confesses, articulates, discovers something that is the constitutive principle of his soul (and no philosophy stops us from imagining this as the producer of synthetic time, an excess).” This ‘Synthetic time, an excess’ is quite like the Zone, the turn from linearity to the spiral, a dominant motif in La Jetée as it was in Vertigo, Marker’s obsession film that resonates throughout La Jetée before being directly investigated in Sans Soleil.

Some further references:

 

Provas de contacto: Re-crição “Agricultura”

Selecção das digitalizações dos negativos da re-criação da imagem sobre agricultura.

Imagens não editadas